O Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), se consolidou como o meio de pagamento mais popular no Brasil. Em apenas quatro anos desde seu lançamento, o Pix é utilizado por 76,4% da população, sendo o método mais frequente para 46% dos brasileiros, de acordo com a pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgada pelo BC nesta quarta-feira (4).
Em comparação, o dinheiro vivo, antes predominante, caiu para o terceiro lugar na lista de meios de pagamento, sendo usado por 68,9% da população e o mais frequente para apenas 22%. A segunda posição ficou com o cartão de débito, utilizado por 69,1% das pessoas.
A pesquisa destaca ainda a ascensão rápida do Pix desde sua introdução. Em 2021, ele era utilizado por 46% dos brasileiros, mas apenas 17% o usavam com maior frequência.
Dinheiro físico ainda relevante
Embora o Pix domine as transações, o dinheiro vivo segue relevante, especialmente entre pessoas com renda de até dois salários mínimos, das quais 75% ainda usam cédulas e moedas. O uso do dinheiro também é mais comum entre idosos, com 72,7% deles utilizando o meio regularmente.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre maio e julho de 2023, com 2 mil participantes de diferentes regiões e perfis socioeconômicos. Além do uso de meios de pagamento, o estudo analisa a conservação de cédulas, uso de moedas e o reconhecimento de itens de segurança no dinheiro físico.
A popularidade do Pix reforça a digitalização das finanças no Brasil, marcando uma nova era de transações rápidas e práticas.
Pix
O Pix é um sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil e lançado em novembro de 2020. Ele foi desenvolvido para facilitar transferências de valores de maneira rápida, segura e gratuita (para pessoas físicas), revolucionando o sistema financeiro do país. A principal característica deste meio de pagamento é a possibilidade de realizar transferências em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo finais de semana e feriados.
Principais Características
- Velocidade: Transferências são concluídas em segundos, permitindo maior agilidade nas transações.
- Disponibilidade: O Pix está disponível 24/7, diferentemente de outros métodos como TED ou DOC, que possuem horários limitados.
- Gratuidade para Pessoas Físicas: Não há custos para a maioria das transações realizadas por pessoas físicas.
- Acessibilidade: Pode ser usado em aplicativos de bancos, carteiras digitais e instituições financeiras que aderiram ao sistema.
- Chaves Pix: Para facilitar o uso, o sistema permite o registro de chaves como CPF, CNPJ, e-mail, número de telefone ou uma chave aleatória, que substituem a necessidade de informar dados bancários completos.
Impacto e Popularidade
Desde seu lançamento, o Pix se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, superando dinheiro vivo, cartões de débito e crédito em popularidade. Em outubro de 2023, já contava com mais de 152 milhões de usuários cadastrados e movimentava bilhões de reais diariamente.
Novas Funcionalidades
O Banco Central tem introduzido inovações no Pix, como:
- Saque e Troco: Permitem saques em estabelecimentos comerciais participantes.
- Agendado: Planejamento de transferências futuras.
- Garantido: Em desenvolvimento, será uma alternativa para pagamentos a prazo.
Segurança
Para combater fraudes, o Banco Central implementou limites de valores em transações noturnas e sistemas de bloqueio preventivo. Além disso, instituições financeiras monitoram as transações em tempo real.
Impacto na Economia
O Pix tem sido um instrumento de inclusão financeira, permitindo que milhões de brasileiros sem acesso a contas bancárias formais realizem transações. Ele também é utilizado por micro e pequenos empreendedores para receber pagamentos, substituindo maquininhas de cartão em muitos casos.
Para mais informações sobre o Pix e suas atualizações, acesse o site oficial do Banco Central aqui.